Existem também outros métodos que têm grande importância na estratigrafia, nos estudos profundos da evolução da Terra. Entre eles estão métodos físicos como:
- Depósitos de varvas
- Dendrocronologia
- Liquenometria
- Tefrocronologia
- Radiocronologia
- Magnetostratigrafia
- Resistividade
- Estratigrafia Sísmica
- Termoluminiscência
As varvas são depósitos sedimentares finos, rítmicos. A cor varia de tons mais claros ou mais escuros consoante o teor de matéria orgânica. Assim, esta ciclicidade reflecte os períodos sazonais, sendo as zonas mais claras as épocas mais quentes e as mais escuros as épocas mais frias.
A dendrocronologia é um método referente ao crescimento de árvores. Assim como nas varvas, periodicamente formam-se estruturas de diferentes cores, neste caso são anéis de crescimento das árvores, anuais. A sua espessura pode variar, com condições favoráveis esta é maior do que em condições que não são tão vantajosas que torna os anéis menos espessos.
A tefrocronologia é um método que implica a individualização das camadas de tefra, material piroclástico projectado em erupções vulcânicas que forma uma camada utilizadas como guias em estudos estratigráficos.
(http://www.dct.fct.unl.pt/PLegoinha/Roque_et_al_CNG06.pdf) - Interpretação sismo-estratigráfica do segmento Sul da linha sísmica Esso P81-17 e localização do core SWIM04-39
A termoluminiscência é a propriedade que os minerais têm em emitir luz quando expostos a baixa temperatura. Através da comparação da intensidade da radiação nuclear com a da termoluminiscência, pode determinar-se a idade do último aquecimento que o mineral sofreu. Este método é útil para a vulcanologia e arqueologia essencialmente.
Para alem dos métodos estratigráficos já referidos existem também métodos químicos:
- Teor de flúor nos ossos
- Raceminação de aminoácidos
Estes métodos são utilizados através do estudo dos elementos constituintes de organismos, particularmente fósseis, que nos ajudam a estabelecer datações por medições radiométricas.
O conjunto destes métodos permitem-nos estabelecer correlações, estabelecimento de correspondência, temporal ou contemporaneidade, entre unidades litológicas mais ou menos afastadas geologicamente. A auto-correlação trata-se do acompanhamento da continuidade de uma camada ou de uma sequência sedimentar.
As unidades dizem-se sincrónicas se: houver continuidade e passagem lateral entre elas; se as unidades mesmo de fácies diferentes estiverem enquadradas por outras equivalentes; se contiverem fósseis característicos da mesma idade; se forem da mesma idade segundo determinações radiométricas.
Contudo, pode haver insuficiência na semelhança de fácies para o estabelecimento de correlação sincronas.
Bibliografia:
Livros:
- VERA TORRES, J. A. – Estratigrafia: Principios y métodos – Editorial Rueda, 1994, Madrid
Internet:
- http://www.oceanografia.ufba.br/ftp/Geologia_Marinha/AULA_6%20_Metodos_Datacao.pdf - http://geopor.pt/gne/geocabula/faqs/tilito.html (Geocábula - Questões)
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